A inteligência artificial tem se tornado cada vez mais uma grande aliada da ciência na busca por diagnosticar o câncer mais cedo. Estudiosos de vários países já desenvolveram sistemas que conseguem detectar tumores malignos de pele, próstata, intestino e mama.
Recentemente, pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, chegaram a um modelo que identifica com precisão o câncer no pulmão, identificado como o tumor mais comum no mundo, e o que mais mata.
O comum diagnóstico por meio de exames de imagem, como por exemplo raios X e tomografia, é eficaz, entretanto às vezes falham em apontar, precocemente, a presença de células malignas. Além disso, muitas vezes os tumores acabam sendo detectados já em estado avançado, diminuindo as chances de cura.
Há ainda limitações técnicas dos próprios médicos responsáveis por fazer o diagnóstico. De acordo com um dos autores do estudo, Mozziyar Etemadi: “Radiologistas geralmente analisam centenas de imagens bidimensionais em uma única tomografia, enquanto esse novo sistema vê os pulmões em uma única imagem tridimensional enorme”.
Para desenvolver o software, a equipe de Etemadi se uniu a um time do Google. Eles usaram o método deep learning, em que a inteligência artificial é estimulada a funcionar a partir de exemplos apresentados ao sistema.
Nesse estudo, os pesquisadores cadastraram 42.290 imagens de tomografia de 15 mil pessoas, e não indicaram ao sistema o que procurar – informaram apenas quais delas tinham câncer e quais não.
Com a inteligência artificial “treinada”, os autores compararam a performance do sistema com a de seis radiologistas. O robô foi mais eficiente do que os médicos quando o desafio era analisar uma única tomografia; já quando o teste envolvia também exames anteriores, humanos e máquina tiveram os mesmos resultados.
O sistema foi capaz de identificar mesmo os menores nódulos malignos no pulmão, e apontou, ainda, regiões do órgão com maior probabilidade de nascer um câncer.
Os autores apontam que os resultados são promissores, com a possibilidade de o software aumentar em 5% o diagnóstico da doença e reduzir em 11% os resultados falsos positivos (quando o exame diz que a pessoa tem câncer, mas não é verdade), entretanto, ponderam que é preciso validar com pesquisas maiores, e que isso já consta nos planos.
Tomara que, em breve, a ciência (e a gente) possa contar com novos aliados na luta contra o câncer.
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Com informações Revista Superinteressante
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