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12 de Maio – Dia Internacional da Enfermagem

Em 12 de Maio comemoramos o Dia Internacional da Enfermagem. Cuidados, atenção, dedicação, ética são algumas palavras que descrevem os profissionais desta profissão. O profissional de enfermagem tem muita responsabilidade no processo de recuperação ou manutenção do estado de pessoas com enfermidades.

Muitas vezes, apenas atributos técnicos não dariam todas as ferramentas necessárias para fazerem seu trabalho, uma vez que várias situações exigem também muita paciência, amor e até em alguns casos bom humor e coragem para lidar com coisas muito inusitadas que ocorrem nos hospitais ou mesmo em casa de pacientes que precisam de cuidados.

Ser versátil é quase que uma regra para eles pois cada paciente é uma pessoa diferente, com enfermidades diferentes, respostas diferentes, atitudes e humor particulares e estes profissionais precisam se adaptar para conseguirem ajudar estes pacientes a se recuperar.

Parabéns a todos os profissionais de enfermagem que estão a tanto tempo cuidado de nós quando nós mais precisamos.

Esta é uma homenagem do RAIS para vocês em seu dia.

O que é ser um enfermeiro.

Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico.

A principal tarefa do enfermeiro é assistir os doentes, com o objetivo de promover sua recuperação. Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.

O enfermeiro é um auxiliar direto do médico e prestam assistência ao paciente ou cliente em clínicas, hospitais, ambulatórios, empresas de grande porte, transportes aéreos, navios, postos de saúde e em domicílio, realizando atendimento de enfermagem; coordenam e auditam serviços de enfermagem, implementam ações para a promoção da saúde junto à comunidade.

Ele é também treinado para observar clinicamente cada doente, relatando mudanças do seu estado de saúde. O enfermeiro está apto a prescrever, salvo com critérios de cada instituição que elaboram protocolos específicos com medicações padronizadas pelos médicos.

Um pouco das origens Histórica da profissão de enfermagem

Desde antes de Cristo onde curandeiros e sacerdotes tinham esta função, passando por um período cristão até que a força de algumas mulheres transformou a profissão.

A palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: “nutrix”, que significa Mãe, e do verbo “nutrire”, que tem como significados criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX, acabaram se transformando na palavra NURSE que, traduzida para o português, significa Enfermeira.

Existem relatos da profissão mesmo antes de Cristo. Naquela época, existia muito misticismo e as enfermidades eram associadas a punições de Deus pelo mal comportamento ou mesmo atribuídas ao poder diabólico.

As funções se confundiam sendo que a mesma pessoa era o sacerdote, o feiticeiro, médico, farmacêutico e o enfermeiro. As prescrições que se têm registro tinham sempre aliadas a alguma droga, também a oração aos deuses da época.

Na Índia, as pessoas eram escolhidas por características como asseio, habilidade, inteligência, conhecimento de arte de culinária e de preparo dos remédios. Moralmente, deveriam ser: puros, dedicados e cooperadores. Na Grécia, a arte cresceu junto com outras ciências como filosofia, letras e artes e Medicina.

A igreja teve papel fundamental no desenvolvimento da enfermagem.

Por volta de 335 d.c. na época de Constantino, foram abertos os primeiros Hospitais cristãos e no século XI, Santa Hildegarda se destacou por seus atos de e tratamentos. Devido aos seus conhecimentos em ciências naturais, enfermagem e medicina, ela empregava amplamente a água em seus tratamentos recomendando sempre que os pacientes tomassem banhos regulares.

Também nessa época surgiram organizações para cuidar dos feridos em guerras, o que também colaborou para a evolução da enfermagem.

Com um período de decadência da igreja, a profissão de enfermagem também sofreu, perdendo recursos e pessoas dispostas a praticar a profissão. Foi um período difícil onde os profissionais não eram bem capacitados e não recebiam bem pelo trabalho.

Até que no século XVII, São Vicente de Paulo fundou o Instituto das Filhas da Caridade, se tornando assim o precursor da enfermagem moderna.

Já no século XIX, Florence Nightingale entrou para a história reformulando totalmente a profissão de enfermagem.

Florence Nightingale: a Fundadora da Enfermagem Moderna

Florence Nightingale revolucionou a enfermagem no mundo.

Florence nasceu em 12 de maio de 1820, em Florença, Itália. Moça de família rica, teve oportunidade de estudar em Roma, em 1844, para aprender a cuidar dos enfermos nas irmandades católicas.

Terminados os estudos, julgou insuficientes seus conhecimentos e decidiu continuar estudando. Foi para Dublin, Irlanda, para trabalhar em um hospital dirigido pelas Irmãs de Misericórdia da Ordem Católica de Enfermeiras.

Em 9 de julho de 1860, fundou em Londres, Inglaterra, a primeira escola de enfermagem, funcionando junto ao Hospital St. Thomas utilizando um prêmio que recebera do governo inglês pela sua dedicação aos feridos de guerra. Dentre as principais modificações propostas por Florence para o ensino de enfermagem estão:

. A direção da escola deveria ser exercida por uma enfermeira, e não por médico, o que era comum nos poucos cursos dados nos hospitais.

. O ensino deveria ser metódico, e não apenas ocasional, através da prática.

. A seleção das candidatas deveria ser feita sob o ponto de vista físico, moral, intelectual e de aptidão profissional.

Com esta modificação, o modelo de sua escola foi copiado pelo mundo e a partir daí, moças mais cultas de família voltaram a se dedicar para a profissão, que se tornou honrosa e digna novamente.

Florence trabalhou até os últimos dias de vida, vindo a falecer na Inglaterra, aos 80 anos.

Ana Nery: A primeira enfermeira voluntária do Brasil

Ana Nery trabalhou na guerra do Paraguai como enfermeira voluntária.

No Brasil a prática da enfermagem começou com os Padres Jesuítas, que atuavam junto as Santa Casa da Misericórdia, fundadas em 1953, que eram comuns em Portugal. O padre Anchieta teve papel fundamental nessa atuação, uma vez que não se restringia apenas a catequisar, mas também cuidava e ajudava os enfermos.

Tempos mais tarde, Ana Nery trabalhou como enfermeira voluntária na guerra do Paraguai e entrou para a história como “Mãe dos Brasileiros” por todos os cuidados oferecidos aos feridos de guerra.

Ana Justina Ferreira nasceu em 1813, na Cidade de Cachoeira, na Bahia. Sua vocação como enfermeira começou em meados de 1864, quando seus dois filhos, um médico militar e um oficial do Exército, foram convocados para a Guerra do Paraguai (1864-1870). Ana Néri não resiste à separação da família e coloca-se à disposição do governo para ir à guerra, sendo considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil.

Com a criação da Cruz Vermelha Brasileira, a profissão ganhou mais fôlego, culminando com a Escola de Enfermagem Ana Nery, fundada e mantida por essa organização em 1923 e declarada “escola-padrão” em 1938. A partir daí várias outras escolas de enfermagem foram criadas no sistema Nightingale.

Também em 1938, Getúlio Vargas, assinou o decreto nº 2.956, que instituía o “Dia do Enfermeiro”, a ser celebrado a 12 de maio, devendo nesta data ser prestadas homenagens especiais à memória de Ana Neri, em todos os hospitais e escolas de enfermagem do País.

Uma profissão de honra e organização.

O enfermeiro é um profissional preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial.

O enfermeiro é um profissional preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial. Se organizam hierarquicamente. O enfermeiro-chefe, de formação superior, gerencia os técnicos e auxiliares em enfermagem, além de controlar o uso do material médico-hospitalar, seguindo a prescrição médica.

Dentro da enfermagem, encontramos o auxiliar de enfermagem (nível fundamental) e o técnico de enfermagem, (nível médio), possuindo qualificações específicas.

A Enfermagem não é um ato de caridade. É uma profissão regulamentada e reconhecida por legislação própria e autônoma.

O enfermeiro não é um profissional ligado exclusivamente à área assistencial. Na verdade, o enfermeiro é um profissional altamente preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial.

O enfermeiro não atua exclusivamente em hospitais. Além de hospitais, o enfermeiro atua em todas as instituições ligadas à saúde, como unidades de saúde, instituições públicas e privadas, ensino, universidades, escolas, fábricas na área de saúde do trabalhador, sindicatos, domicílio e outras.

Durante séculos, a Enfermagem vem formando profissionais em todo o mundo, comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano.

Só no Brasil, são mais de 100 mil enfermeiros, além de técnicos e auxiliares de enfermagem, que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país. Essas variações de cargos fazem com que mais profissionais se juntem ao setor e a novas possibilidades de trabalho nesta área.

Seu juramente diz tudo sobre a profissão e sobre o que é ser enfermeiro, por isso vamos terminar aqui com este texto lindo de devoção e profissionalismo: “Feliz 12 de Maio: dia Internacional da enfermagem”.

Esta é a homenagem do RAIS a todos enfermeiros e enfermeiras do Brasil e do mundo no dia Internacional da enfermagem, uma profissão que nasceu antes de cristo e até hoje salva e melhora muitas vidas.

“Dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana…”

“Solenemente, na presença de Deus e desta assembleia, juro: Dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar os segredos que me forem confiados; respeitar o ser humano desde a concepção até depois da morte; não praticar atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; atuar junto à equipe de saúde para o alcance da melhoria do nível de vida da população; manter elevados os ideais de minha profissão, obedecendo os preceitos da ética, da legalidade e da mora, honrando seu prestígio e suas tradições”.

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