Com os avanços da tecnologia aplicada à medicina e, principalmente, graças à especialização e inovação profissional, o home care é uma realidade cada vez mais presente no Brasil.
De acordo com uma pesquisa realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o serviço de saúde domiciliar representou um crescimento de 360% entre os anos de 2012 e 2019.
Esses dados nos fazem refletir sobre os processos de desospitalização, internação domiciliar e, sobretudo, sobre o atendimento humanizado. Além disso, eles também servem como referência e estímulo para quem deseja se profissionalizar na área.
Selecionamos as principais informações a respeito das particularidades do home care e os requisitos que devem ser considerados por quem deseja atuar na área.
Home Care é um termo em inglês para uma modalidade de atendimento em saúde que prevê a continuidade do tratamento no domicílio do paciente, através de uma equipe multidisciplinar com estrutura especializada e protocolos de segurança.
O modelo de tratamento envolve uma série de profissionais que podem prestar atendimentos de acordo com as necessidades de cada paciente. Dentre eles, podemos mencionar médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.
Os processos que envolvem home care dependem, como já mencionamos, das necessidades de cada paciente. O atendimento domiciliar é realizado por profissionais de saúde que atuam na recuperação, reabilitação, promoção da saúde e prevenção de doenças de pacientes.
Partindo desse princípio, ele pode ser dividido em duas esferas: atenção domiciliar e assistência domiciliar. A atenção domiciliar diz respeito a ações pautadas na prevenção e promoção da saúde.
Já a assistência domiciliar está relacionada a um conjunto de atividades que fazem parte de um contexto ambulatorial, mas que são desenvolvidas em domicílio. Nesse caso, o paciente precisa de intervenções e procedimentos específicos.
Podemos mencionar como exemplos de assistência domiciliar a realização de curativos complexos, aspiração, medicação intravenosa, entre outros.
A prática de home care envolve estudo, dedicação, planejamento e domínio técnico. É necessário, em primeiro lugar, que ela seja coordenada por um profissional que estabelece e acompanha os planos de cuidado domiciliar, geralmente um enfermeiro faz esse papel.
Assim como os demais membros da equipe, ele deve garantir a humanização no tratamento, de modo a intermediar o contato entre o paciente e seus familiares. O objetivo, nesse caso, é criar um contexto participativo no processo de recuperação.
É importante mencionar que o requisito fundamental para trabalhar em home care é ser profissional da saúde devidamente habilitado para esse fim. A especialização pode ser obtida em cursos, voltado para essa área.
No universo acadêmico, existem MBAs que oferecem formação multiprofissional, ou seja, é voltado para enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, entre outros profissionais da saúde.
E alguns casos, onde o quadro clínico do paciente demanda um cuidado mais intenso, é necessária a chamada internação domiciliar. Nesses casos se faz necessária a presença de um técnico de enfermagem na residência do paciente por 12 ou 24 horas.
Especializar-se em home care é necessário porque a experiência em lidar com pacientes críticos e crônicos em suas casas é diferente da de um hospital. Mas, além da competência e habilitação, é necessário encarar a profissão com compromisso.
Não é à toa que os profissionais aprendem a ter uma percepção mais holística dos pacientes. Afinal, estamos falando de rotina familiar, cultura, relação com parentes que compartilham o mesmo espaço e toda trajetória da família.
Isso abre espaço para mais duas habilidades importantes: ser paciente e compreensivo. Se você pretende trabalhar nesse formato, deve estar preparado para lidar com equilíbrio, autocontrole, serenidade e, principalmente, confiança.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as internações clínicas em hospitais, em 2020, representam um custo diário de R$ 1.565. Uma pessoa internada por, aproximadamente, 5 dias demanda R$ 7.000.
Diante desse quadro, os altos custos da internação hospitalar servem como molas propulsoras para a criação de outros cenários pautados na gestão de recursos mais acessíveis. Nesse contexto é que reside uma das vantagens do home care.
Além disso, nesse momento de pandemia, fornecer atendimento de saúde e domicílio reduz os riscos de contaminação. Também é importante mencionar que o home care libera os leitos hospitalares para atendimentos emergenciais e casos mais graves.
Vale dizer que uma das vantagens do home care para o profissional é a expansão das possibilidades de atuação. Isso se justifica pelo fato de ele estar sempre se reinventando e se adaptando aos avanços sociais.
Por fim, é importante mencionar que esse mercado está crescendo significativamente no Brasil. Isso implica em benefícios financeiros e aquecimento da economia do setor, ótimas oportunidades para quem deseja fazer carreira na área.
Se você se identificou com esse cenário e está buscando por uma oportunidade de se destacar como profissional da saúde, vale a pena investir no home care.
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