Segundo um relatório publicado no periódico médico The Lancet 2,8 Milhões de pessoas no mundo morrem por causas diretas ligadas ao álcool.
Uma em cada dez mortes de pessoas entre 15 e 49 anos está ligada à bebida. No Brasil, segundo a pesquisa, 100 mil pessoas são vítimas por ano.
Mesmo considerando um possível benefício que o consumo moderado de álcool pudesse causar (para o sistema cardiovascular, por exemplo), o risco não valeria a pena.
As as consequências negativas em outros aspectos da saúde seriam bem mais significativas – como o desenvolvimento de cânceres e outras doenças. Mais de 23 problemas foram relacionados com o consumo de álcool como câncer, infecções respiratórias, diabetes e cirrose.
Os autores do estudo são enfáticos em afirmar que “não há nível seguro de consumo do álcool.”
“Há uma forte associação entre o consumo de álcool e os riscos de câncer, ferimentos e doenças infecciosas que compensa os efeitos protetores contra doenças do coração nas mulheres. E embora os riscos à saúde do álcool comecem pequenos com uma dose por dia, eles crescem rapidamente à medida que as pessoas bebem mais”, diz Max Griswold, líder do relatório.
Um ano de consumo diário pode acarretar, em relação ao risco de desenvolvimento de um dos 23 problemas relacionados ao consumo de álcool:
Essas estimativas levam em conta pessoas de 15 a 95 anos.
A cirrose por exemplo, tem crescido exponencialmente. Só nos EUA, cientista da Universidade de Michigan atestaram um aumento de 10,5% das mortes em jovens adultos relacionadas à doença. E esse padrão se espalha pelo mundo.
Apesar disso tudo, é sempre bom lembrar que o álcool tem uma associação complexa com a saúde, afetando-o de várias maneiras. Assim como você tem aquele tio que toma uma caixa inteira de cerveja e está de boa, você tem aquele amigo que não aguenta um litrão.
Cada organismo reage e suporta os efeitos do álcool de forma única, mas a pesquisa é essencial para fornecer informações sobre o nível padrão mundial desses efeitos.
Via de regra, o consumo regular de bebidas alcoólicas tem consequências ruins nos órgãos e tecidos, e uma intoxicação aguda pode levar a lesões permanentes. A dependência do álcool já é um problema de saúde pública em muitos países.
Além disso, alguns estudos anteriores chegaram a sugerir que os baixos níveis de consumo de álcool podem até ter um efeito protetor contra doenças cardíacas e diabetes.
O estudo levou em conta informações de 195 países da série Fardo Global das Doenças, do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, EUA. No total, foram 694 papers usados para estimar o consumo de álcool comum em todo o mundo e 592 para estudar os riscos para a saúde associados à bebida, entre 1990 e 2016. No fim, a pesquisa usou informações de mais de 28 milhões de pessoas de todo o mundo. Fonte: revista super interessante
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