No dia 27 de setembro de 2015, o Ministério da Saúde instituiu o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Além de lembrar a importância do ato para milhares de pessoas que aguardam ansiosamente na fila de espera, um dos objetivos mais importantes da data é desmistificar o assunto, pois mesmo que o transplante de órgãos e tecidos seja alvo de discussões há anos, ainda existem tabus em diversos temas relacionados.
Apesar de cada vez mais pessoas estarem conscientes do quanto o ato de doação de órgãos e tecidos representa, a rejeição das famílias a ideia da doação ainda é alta quando comparada a outros países. Por isso é tão importante discutir essa questão com os familiares em vida, deixando clara a vontade de realizar o ato. A prova dessa vitalidade pode ser encontrada nos números divulgados pelo Ministério da Saúde.
No Paraná, a campanha de conscientização sobre a importância da doação e transplante de órgãos, o Setembro Verde, teve início no dia 1º de setembro. No mês, o Sistema Estadual de Transplantes vem promovendo ações para destacar o tema junto à sociedade em parceria com hospitais, regionais de saúde e as quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) de Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá, com o objetivo de dar visibilidade aos desafios e estratégias envolvidos no processo de doação e transplantes de órgãos.
Entre as ações que fazem parte do Setembro Verde na capital paranaense estão a colocação de cartazes em ônibus, a iluminação na cor verde do Jardim Botânico e um evento no dia 27 de setembro para homenagear as famílias dos doadores e as instituições parceiras que divulgam o tema da doação.
“O Setembro Verde é uma oportunidade para incentivarmos ações que estimulem a doação de órgãos”, destacou o secretário de estado da Saúde, Michele Caputo Neto. No Paraná, apenas este ano, já foram feitos 484 transplantes. Destes, rins e fígado lideram o ranking dos órgãos mais transplantados, com 274 e 151 procedimentos, respectivamente.
Entretanto, apesar dos números serem altos e colocarem o estado como segundo lugar no país com maior número de doações efetivas por milhão da população, de janeiro a junho deste ano a Central Estadual de Transplantes registrou 134 recusas de doações, ou seja, pessoas declaradas com morte encefálica e que seriam potenciais doadores, mas que a família não autorizou a doação.
Ele lembra também que somente as famílias podem autorizar a doação, e quando potenciais doadores são detectados pelos hospitais um profissional da Central de Transplantes irá até a família explicar os detalhes da doação.
“É preciso lembrar que hoje, no Brasil, quem doa os órgãos é a família. Não adianta a pessoa deixar por escrito que tem a intenção de doar. Por isso, quando alguém decide ser doador, é muito importante comunicar sua família e deixar esta intenção clara”, enfatizou.
Com informações Portal EBC e Bonde
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