Campanha Fique Sabendo faz teste rápido de DST’s Gratuito.

A campanha Fique Sabendo é uma iniciativa do Ministério da Saúde com o objetivo de conscientizar a população da importância de saber se você possui alguma doença sexualmente transmissível (DST) ou não, podendo assim procurar a ajuda adequada.

Esta iniciativa já passou por várias cidades do Brasil e teve incentivo de artistas famosos para ajudar a levar a informação a todos de forma a diminuir o preconceito com estas doenças e incentivar as pessoas a realizarem os testes, que são simples e Gratuitos.

O primeiro passo é procurar os postos de atendimento e realizar os testes para saber se possui alguma doença. O quanto antes você souber, maiores as chances de tratamento, recuperação e de você manter sua vida normalmente, mesmo sendo portador de uma DST como a AIDS, por exemplo.

Esta semana a PUC Londrina está organizando um evento de testes e conscientização voltado ao alunos da Universidade. Confira a matéria e aprenda mais sobre DST’s e os testes rápidos.

Veja mais: Todos Contra a AIDS – 1 de Dezembro … e sempre!

A importância de realizar o teste.

Saber se possui alguma doença é importante para procurar tratamento o mais rápido possível e evitar a transmissão da doença para outras pessoas.

Alguns dos maiores problemas de não saber se possui uma DST é que você não irá procurar tratamento e ainda irá disseminar a doença, passando para outras pessoas. Isso gera um risco para a sua saúde e para a saúde das pessoas com as quais você se relaciona sexualmente.

Quanto antes for descoberto o quadro da doença, mais chances do tratamento ser bem sucedido e do infectado manter sua qualidade de vida normal.

Porém estas doenças ainda são alvo de muito preconceito e discriminação pela população que por não saber como se dá a transmissão, ainda pode sentir muito medo até em realizar o teste. Quando a AIDS, por exemplo, começou a ser disseminada, acreditava-se que era uma doença de homossexuais apenas e que um aperto de mão ou abraço poderiam contagiar outras pessoas. Além de que era certo que o fim da pessoa portadora era a Morte rápida.

Hoje em dia sabe-se que isso não é verdade. O contágio se dá por relações sexuais ou contato direto com o sangue da pessoa contaminada, de modo que um aperto de mão, um abraço ou até mesmo um beijo na boca não transmite a doença.

Muitas pessoas famosas vivem já há muito tempo com a doença e se utilizando preservativos, pode até ter uma vida sexual ativa com o parceiro fixo, como é o exemplo do astro do Basquete da NBA Magic Johson que vive com AIDS há mais de 20 anos e é um empresário bem sucedido, continuando sua vida normal.

Para pessoas comuns isto também é possível. É claro que um tratamento sempre exige esforço e disciplina, porém é possível manter a qualidade de vida. O melhor mesmo é evitar o contágio da doença. E para isso, conhecer os comportamentos de risco é muito importante.

Veja mais: Hoje foi dia de doação de sangue

Comportamentos de risco para as DST’s

Não são grupos de pessoas que transmitem as DST’s, são comportamentos de risco que qualquer um pode ter.

Possuir vários parceiros sexuais, ou possuir um parceiro que se relaciona com vários outros, fazer sexo sem camisinha ou ser usuário de drogas injetáveis ou mesmo álcool (pois quando alcoolizado você fica mais susceptível a realizar as ações anteriores) são comportamentos que aumentam o risco de contrair um DST.

Existem alguns grupos de pessoas onde a incidência de DST’s é maior. Adolescentes, homossexuais e idosos tendem a ter maior recorrência destas doenças pois apresentam mais frequentemente os comportamentos de risco.

Lembrando ainda que no caso de gestantes, se a mãe contrair o HIV por exemplo, existe grandes chances da criança também nascer com a doença.

Porém, é importante deixar claro que a manifestação das DST’s não depende do sexo, idade ou credo e sim de comportamentos de risco, que qualquer um pode ter.

Veja mais: Dr. Richard Smith: “Morrer de Câncer é a melhor morte.”

Evitando as DST’s

Evitar é sempre o melhor remédio.

É muito simples se proteger das doenças sexualmente transmissíveis, é somente evitar os comportamentos de risco.

O principal fator é o sexo sem proteção. Por isso, sempre use preservativo. Mesmo no sexo oral existe um risco de se contrair alguma doença. Ele é mais baixo, porém existe.

Relacionar-se com vários parceiros aumenta o risco de contrair doenças, ainda mais se estes parceiros também se relacionam com vários outros. Durante o sexo existe muita troca de fluidos e células de um corpo para outro e por esta razão quanto mais parceiros você se relacionar, maior a chance de alguém nesta rede toda de pessoas ter alguma doença e passar para você.

E perguntar apenas não adianta. Muitas vezes a pessoa nem sabe que está doente e acaba contaminando outras pessoas sem saber. Por isso a importância de fazer o teste e tomar as devidas precauções com o uso de preservativo.

Existem casos de casais que também contraem DST’s por uma relação fora do casamento, seja do marido ou da esposa. A promiscuidade além de não ser um comportamento social adequado para valores familiares, ainda pode trazer doenças para dentro de sua casa. Uma única vez de sexo sem proteção já é suficiente para contaminação e as vezes não precisa nem ser uma relação sexual muito longa. Então muito cuidado.

Utilizar drogas de qualquer espécie, mesmo álcool, aumenta o risco de uma relação sexual desprotegida e com pessoas desconhecidas, por isso deve ser evitado. Compartilhar seringa quando utilizando drogas injetáveis também é um fator de transmissão de doenças. As drogas por si só já devem ser evitadas pois acarretam vários problemas de saúde e sociais. O fato de poder contrair uma DST somente agrava a situação.

Tatuagens ou piercings também são processos invasivos ao corpo humano, por isso devem ser feitos por profissionais que seguem as práticas de higienização e que trocam as agulhas sempre. Nestes casos, fique de olho pois o barato pode sair caro.

Como é o teste e o tratamento da informação?

Os testes rápidos para DST’s são simples e seguros e estão prontos em 30 minutos.

Para o teste, profissionais de saúde retiram uma amostra de sangue do paciente, uma picadinha no dedo, que será submetida aos exames. Neste caso de testes rápidos, o resultado demora de 15 a 30 minutos.

O importante é saber que toda a informação é sigilosa. Caso seja detectado alguma doença, os profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de enfermagem, dentistas ou assistentes sociais irão ajudar o paciente com informações importantes como uso de preservativo e acesso a medicamentos para tratamento.

Vale ressaltar que o paciente que apresenta um quadro infeccioso não fica desamparado e não tem nenhuma exposição social do seu quadro, por isso fique tranquilo em fazer o teste, somente você e os profissionais que irão te ajudar saberão os resultados.

Veja mais: Exercícios Físicos alteram o nosso DNA

Como posso realizar os testes?

Procure uma Unidade de Saúde em sua cidade.

Os testes rápidos para DST’s do programa fique sabendo podem ser realizados em qualquer Unidade Básica de Saúde ou “postinhos” de sua cidade. Mesmo as unidades mais distantes ou rurais têm (ou deveriam ter) a infraestrutura necessária para realiza os testes e dar o tratamento para quem necessitar.

Ação do programa fique sabendo em Londrina será realizada na PUC nos dias 28 e 29 de maio

PUC-Londrina está organizando nos dias 28 e 29 de maio uma campanha direcionada para alunos da universidade.

Em Londrina-PR, nos dias 28 e 29 de maio, a Pontifícia Universidade Católica PUC-Londrina irá organizar a campanha fique sabendo direcionada a Alunos da universidade. Esta campanha foi organizada pelo Núcleo de Protagonismo Juvenil da PUC e orientada pelo prof. Cristiano Teodoro Russo, sócio e colaborador aqui no Blog Rais e também professor do curso de Medicina da instituição.

A intenção é realizar 400 testes rápidos com 100 universitários. Esta não é a primeira vez que o movimento se dá dentro da Universidade, em novembro de 2014, foram realizados 748 testes durante o “3° Fique Sabendo UEL”, Universidade Estadual de Londrina. Jovens universitários são um grupo de pessoas onde os comportamentos de risco são mais frequentes, por isso é importante este tipo de movimento.

Na PUC-Londrina, foi realizado previamente uma pesquisa com 569 alunos da universidade para avaliar o interesse pelo teste. A maioria dos alunos respondeu que faria o teste com certeza (345) ou que possivelmente faria o teste (42).

O surpreendente foi que mesmo em uma classe de alunos instruída como a de universitários, ainda 182 alunos responderam que não fariam o teste. Isso mostra que ainda existe muito medo em saber se possui uma DST e mostra também a importância deste tipo de campanha.

Veja mais: Fica sentado demais e faz exercícios? Você está em perigo mesmo assim!

Como participar da iniciativa da PUC e em Londrina.

Campanha da PUC será direcionada para alunos, mas qualquer um pode ter acesso nas unidades básicas de saúde da sua cidade.

Este evento em específico é direcionado apenas para alunos da universidade, localizada na Avenida Jockey Club, 485 – Hípica. Além dos testes serão dadas também orientação quanto ao uso de preservativos e outras medidas preventivas, ressaltando que não importa a orientação sexual ou estado civil, as DST’s são contraídas por comportamentos adotados por qualquer tipo de pessoa que seja.

No dia 28 os testes rápidos serão realizados no período noturno, durante o horário de aula, das 19 às 21 horas, e no dia 29 das 8 às 11 horas. Participarão da ação, nove profissionais da área de saúde do município, como enfermeiros, psicólogos, técnicos de enfermagem, dentista e assistente social. Os resultados dos testes ficam prontos de 15 a 30 minutos.

Para a comunidade, os interessados em realizar os testes rápidos podem procurar as 40 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, inclusive as que estão localizadas na zona rural, ou o CTA, localizado na Alameda Manuel Ribas, nº 1, onde os testes são realizados às 8 horas e às 10h30.

“De acordo com dados de um relatório estatístico do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), de 852 pessoas que fizeram o exame de HIV  no município, no período de 1º de janeiro a 26 de maio deste ano, o resultado foi positivo em 32 casos, a maioria em homens (26) e seis em mulheres.

Entre os homens, a faixa etária de maior incidência foi entre 25 a 29 anos, registrando nove casos, seguido por 20 a 24 anos, com seis positivos, e 30 a 34 também com seis. Na faixa etária de 15 a 19 anos, 47 jovens do sexo masculino realizaram os testes, sendo o resultado positivo em dois. Também há dois casos afirmativos entre a faixa de 35 a 39 anos, e apenas um entre 50 a 54 anos.

Já nas mulheres, a maior incidência foi entre 45 a 49 anos, com dois casos positivos. Foi registrado um caso positivo em cada faixa etária que compreende 20 a 24 anos; 25 a 29 anos; 35 a 39 anos e 50 a 54 anos.

Além disso, o município registra, desde o início do ano até 26 de maio, 65 casos de sífilis, sendo 51 em homens e 14 em mulheres.” Fonte: Prefeitura de Londrina.

Um panorama sobre a AIDS – DST que mais mata no mundo

Por Cristiano Teodoro

A AIDS ainda é foco de muito preconceito, mas juntos podemos vencer mais este desafio.

Frente a tantas conquistas no combate à epidemia, ainda temos grandes desafios. Um deles, o combate ao preconceito para com o portador do vírus HIV, mexe em uma “ferida” social muitas vezes ignorada. Se fechamos os olhos para o preconceito aplicado, onde está a solidariedade?

São queixas recorrentes de portadores do HIV que este preconceito está além das pessoas comuns. Muitas vezes, aqueles que têm como função prestar acolhimento ao portador se portam de maneira preconceituosa.

Sim, profissionais de saúde devidamente instruídos e treinados, conhecedores de toda epidemiologia da doença, chegam ao absurdo de recusar contato com o portador. Vale destacar que este tipo de exemplo não é a maioria, porém, se ainda existe entre aqueles que devem prestar apoio, acolhimento e promover saúde, como estaria este comportamento na sociedade como um todo?

Uma avaliação realizada pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil entrevistou 8 mil pessoas e avaliou a percepção destas para com o portador do HIV e AIDS. Segundo a pesquisa 19% opinaram que a pessoa com AIDS não deve ser cuidada em casa; 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV; 13% afirmaram que uma professora com AIDS não pode dar aulas em qualquer escola (dados do Ministério da Saúde).

Estes dados explicam em parte a razão pela qual o portador do HIV/AIDS exige sigilo de sua condição, e mais, o medo de ser discriminado impacta diretamente na não adesão ao tratamento e a ações de prevenção do HIV/AIDS, como o uso de preservativos em relações sexuais e a realização de testes rápidos para diagnóstico precoce da infecção.

Este temor do portador do HIV/AIDS foi avaliado pelo estudo: Tratamento para a AIDS em Âmbito Internacional (ATLIS – Treatment for Life International Survey) que entrevistou 3 mil pessoas soropositivas em 18 países, incluindo o Brasil.

O estudo, conduzido pelo IAPAC – International Association of Providers of AIDS Care, constatou que o maior medo dos pacientes HIV positivos é com o preconceito e exclusão social. Na pesquisa, cerca de 34% dos entrevistados haviam abandonado a terapia por temer os efeitos colaterais e 26% nem chegaram a iniciar o tratamento pelo mesmo motivo.

Ainda, 54% estão “muito” ou “um tanto” preocupados com o fato de outras pessoas conhecerem seu status de HIV positivos e 83% alegaram que isto se deve predominantemente à preocupação com a discriminação social e o estigma.

Neste momento de reflexão, deveríamos olhar para dentro de nós e avaliar se não estamos entre aqueles que praticam a discriminação ao portador do HIV/AIDS ainda que veladamente, e nos perguntarmos o porquê desta atitude nada solidária.

A prática de políticas e ações sólidas de educação continuada, desmitificando os temores do passado em relação à AIDS, poderia contribuir para afastar a nuvem negra da ignorância e preconceito que paira sobre nossa sociedade, dando assim, mais dignidade e paz para o portador do HIV/AIDS seguir sua vida como um cidadão pleno e integrado na comunidade.

Ações como esta garantem a sua saúde e a saúde de quem você gosta

O primeiro passo para eliminar as DST’s é ficar sabendo. Saber pode salvar a sua vida e a vida das pessoas que você ama.

O programa fique sabendo é uma das ações do governo para evitar a propagação de doenças sexualmente transmissíveis e também proporcionar tratamento e uma melhor qualidade de vida para as pessoas já infectadas.

Mas cada um de nós também deve tomar uma ação. Se você se encaixa em alguns daqueles comportamentos de risco ou se teve pelo menos uma relação extra conjugal e nunca realizou testes, você tem o dever de saber se possui alguma DST.

Procure o posto de saúde mais próximo e peça os exames. Preze por sua saúde e pela saúde das pessoas que você ama.

E você, o que acha desta campanha do governo? Você faria o exame ou não? Coloque sua opinião nos comentários ai embaixo e se não faria diga qual é o motivo. Assim podemos participar ativamente de ações como esta do programa fique sabendo a ajudar a saúde do nosso país a se tornar cada vez melhor.

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