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Atenção: número de infartos aumenta em até 30% no inverno

O clima não é, necessariamente, um dos fatores, entretanto, há uma série deles que relacionam o infarto ao inverno. A explicação é que, no inverno, o corpo ativa mecanismos para aumentar a proteção contra o frio e é aí onde pode estar o problema: de acordo com o Ministério da Saúde, os casos de infarto aumentam em até 30% nessa estação do ano. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) afirma que mais de 18 milhões de pessoas morrem todos os anos por doenças cardiovasculares.

Segundo o cardiologista do Hospital 9 de Julho, João Batista Guimarães, “quando está frio, há mais descarga de adrenalina para manter a temperatura do corpo. Como efeito, os vasos tendem a se contrair mais. Esse processo pode desencadear o infarto em pessoas suscetíveis”. O médico lembra que, normalmente, o infarto é uma doença que tem um ciclo longo, ou seja, resultado de maus hábitos que levam ao acúmulo gradual de gordura ou cálcio nas artérias que irrigam o coração. Com isso, em algum momento, esse entupimento, se não revertido, acaba por causar um infarto.

E para quem quer passar longe do problema, alguns dos pré-requisitos são: deixar o sedentarismo de lado, controlar o peso e as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, especialmente, e mudar a alimentação, além de consultar regularmente um médico. 

Tratamento 

Como nem sempre esses cuidados acontecem a tempo de evitar essa situação, é importante saber quando é necessário procurar ajuda médica. Os principais sintomas de um infarto são dor no peito, irradiando, ou não, para o braço esquerdo, pescoço, costas e estômago; suor frio; e desmaio. Mas em casos de falta de ar, vômitos, enjoos, fadiga e desconforto repentino no peito, também é importante buscar socorro imediato. 

Atualmente, já existem opções minimamente invasivas para desobstruir artérias do coração, como o tratamento hemodinâmico. Nele, é realizado, ao mesmo tempo, um diagnóstico e uma intervenção terapêutica em diversas doenças por meio de técnicas minimamente invasivas, como a punção em uma artéria para acesso ao local a ser estudado por meio de um cateter.

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Guimarães explica que “o tratamento do infarto agudo do miocárdio com o uso da hemodinâmica é atualmente o mais indicado. Seu uso diminui as sequelas e a mortalidade no infarto, mas cabe lembrar que os benefícios vão diminuindo com o passar do tempo até que o tratamento seja iniciado. Assim, quanto antes o paciente chegar ao hospital para o tratamento, maiores são as chances de boa recuperação”. 


O aparelho permite visualização imediata das artérias que levam sangue ao coração, as artérias coronárias, e a identificação da artéria cuja a obstrução causou o infarto, o que é fundamental para a instituição do tratamento necessário, que é realizado através do próprio cateter. 

A tecnologia possibilita o uso de imagens em tempo real e com alta resolução. Os tempos principais do procedimento, ainda, são gravados para posteriormente passarem por análises. “Hoje em dia já temos equipamentos que oferecem visualização em alta definição e em três dimensões via braços robóticos bastante precisos”, observa o médico, e conclui: “mas a prevenção ainda é a melhor forma de ter uma vida saudável”.

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Com informações – Portal Bonde

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