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Como é feito o procedimento de ablação cardíaca?

As pessoas que sofrem com os efeitos da fibrilação atrial — cansaço, falta de ar, dentre muitos outros sintomas — têm na ablação cardíaca uma oportunidade para recuperar a qualidade de vida. Segundo estimativas dos especialistas, o procedimento oferece uma taxa de sucesso de 80%.

A ablação cardíaca é uma cirurgia minimamente invasiva que auxilia no tratamento de diversas arritmias no coração. Confira a seguir mais detalhes sobre o procedimento.

Como é realizada a ablação no coração?

A cirurgia acontece quando o cardiologista especializado em eletrofisiologia, profissional capacitado para realizar o procedimento, introduz um cateter nas veias da região da virilha. A partir dessa inserção, o cardiologista alcança os focos da arritmia no coração.

Em seguida, é chegada a etapa de cauterização, na qual as células responsáveis pelo descompasso cardíaco são eliminadas. Para tanto, o cardiologista pode utilizar uma das seguintes técnicas:

Ablação por radiofrequência

Esta técnica de ablação cardíaca faz com que as células sejam eliminadas através do calor. No geral, o procedimento acaba sendo mais longo e pode levar cerca de 5 horas para ser concluído.

Crioablação cardíaca

Trata-se de um método que promove o congelamento das células com temperaturas que podem chegar a 50ºC negativos. É conhecida por ser uma técnica mais rápida, durando, em média, 2 horas.

O cardiologista acompanha de perto todo esse processo por meio de aparelhos específicos com os quais consegue regular a temperatura local, a posição dos cateteres e a quantidade de energia aplicada. Após o procedimento, o médico faz uma compressão no local onde foi feita a punção do cateter com um curativo que elimina a necessidade de pontos.

Quando fazer a ablação cardíaca?

A indicação da ablação cardíaca está atrelada a diversos fatores. Isso porque, o paciente pode ter alguma condição clínica que o impossibilite de ser tratado com essa cirurgia. As gestantes, por exemplo, fazem parte do grupo para o qual o procedimento não é indicado. No entanto, em casos urgentes é possível fazer a ablação no coração, mas, a cirurgia requer um cuidado redobrado por parte do médico.

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Para os pacientes que não se enquadram nessa situação e possuem uma condição clínica favorável, as principais situações que recomendam um tratamento com a ablação no coração são:

  • Fibrilação atrial;
  • Arritmia congênita;
  • Taquicardias supraventriculares ou ventriculares;
  • Síndrome de Wolff Parkinson White.

Considerando que a cirurgia possui alguns riscos — como a probabilidade de desencadear um tromboembolismo venoso, hematomas na região que recebeu a punção, infecções, entre outras complicações — é fundamental verificar com um cardiologista se o procedimento de fato é tratamento mais adequado.

Por ser um procedimento simples, a recuperação costuma ser rápida. O paciente é liberado dentro de 48 horas, enquanto a retomada dos afazeres diários é permitida depois de aproximadamente uma semana da cirurgia. É importante que o paciente comunique qualquer anormalidade que apareça no período pós-operatório, como secreção e presença de áreas avermelhadas ou arroxeadas na região da punção.

Apesar de ter uma chance de sucesso alta, o paciente deve tomar algumas medidas para evitar a recidiva da arritmia no coração e, consequentemente, a necessidade de fazer uma nova ablação cardíaca. Manter um peso equilibrado e uma alimentação balanceada, evitando o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e de café, são algumas das práticas que mantém a qualidade de vida após a ablação no coração.

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