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23% das preescrições de antibiótico são desnecessárias, revela estudo

No final do ano passado, 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório a respeito do uso internacional de antibióticos, e o Brasil mostrou média superior aos países da Europa – é o campeão absoluto das Américas: há cerca de 22 brasileiros tomando antibióticos a cada mil habitantes! (isso mesmo!) E isso não é de sentir orgulho. O relatório da OMS teve como base uma coleta de dados em 65 países e territórios. Mas isso, somente, não é ponto preocupante. A questão é que: em quase 25% dos casos, eles são inadequadamente prescritos. Isso é o que revela um novo estudo realizado por pesquisadores da Michigan Medical School University.

Você conhece os principais prejuízos do uso excessivo de antibióticos? Essas drogas acabam se tornando ineficazes para condições que normalmente poderiam tratar, já que as bactérias podem e muitas vezes desenvolvem resistência a elas. E à medida que mais “superbactérias” surgem, haverá menos opções de antibióticos capazes de combatê-los.

Mas o alarmante é que um novo estudo coloca em números concretos a frequência com que os antibióticos são distribuídos em excesso: em quase 25% dos casos, eles são inadequadamente prescritos, ou seja, não havia a necessidade de prescrição.

Na pesquisa, com dados divididos por idade, os resultados mostraram que as prescrições inadequadas são ainda mais comuns quando os pacientes são adultos, com um número em 25% dos casos, do que quando são crianças, em 17%.

Para essa conclusão, os pesquisadores analisaram mais de 15 milhões de prescrições de antibióticos preenchidos por mais de 19 milhões de pessoas em 2016. Eles classificaram cada prescrição como apropriada (quando diagnóstico justificável para o uso de antibióticos), potencialmente apropriada (se a doença, em si, pode ser tratada corretamente com antibióticos, mas cujo tratamento pode depender do quadro do paciente) ou inadequada (nos casos em que o tratamento com antibióticos não adianta nada, sendo inválido).

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O resultado mostrou que em apenas 12% dos casos analisados os antibióticos foram receitados corretamente. Já cerca de 23% das prescrições era totalmente inadequada aos diagnósticos. Ou seja, era muita gente com diagnósticos que só poderiam ser causados por agentes como vírus e fungos, que nada têm a ver com bactérias. Acredita?!

Entretanto, de acordo com o estudo a maior parte das prescrições estava errada por um motivo mais sutil: os antibióticos eram receitados com frequência excessiva para doenças que poderiam sim ser causadas por bactérias – mas que na maioria dos casos, são causadas por vírus como, por exemplo, infecções do trato respiratório superior.

O Dr. Kao-Ping Chua, professor assistente de pediatria da Michigan Medical School University, que liderou o estudo afirmou: “Essas descobertas são impressionantes. Em nível populacional, uma em cada sete pessoas no estudo recebeu pelo menos uma prescrição de antibiótico inapropriada durante o ano”.

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E você, o que achou da pesquisa?

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Com informações Revista Superinteressante

 

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