Cada vez mais, pesquisas apontam que a atividade física, mesmo sendo pouca, já faz um bem danado para a saúde. E nesse “pouquinho” acredite, podemos considerar atividades rotineiras do dia a dia como uma faxina: varrer a casa e gastar uns minutos pra lá e pra cá limpando a cozinha, o quarto ou a sala. Isso é o que indica uma pesquisa publicada na última sexta-feira (19) na revista científica Jama Network Open, que relata que essas atividades podem garantir um cérebro saudável na terceira idade!
A pesquisa
O estudo foi realizado com a participação de mais de 2 mil pessoas (homens e mulheres), com idade na média dos 53 anos. As atividades rotineiras dos participantes foram monitoradas durante três dias e, nesse período, eles também passaram por exames de ressonância para um acompanhamento da variação de volume do cérebro.
Sabe-se que a diminuição da massa cinzenta está relacionada ao envelhecimento: cerca de 0,2% do volume cerebral é perdido a cada ano a partir de 60 anos de idade.
No estudo, os pesquisadores observaram que cada hora extra de atividade por dia, mesmo que seja uma faxina leve, garante 0,22% a mais no volume cerebral. Além disso, o trabalho ainda constatou um outro detalhe: os participantes que davam ao menos 10 mil passos por dia, que é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentavam um cérebro 0,35% maior se comparado aos que se restringiam a 5 mil passos.
Apesar das informações, os próprios pesquisadores admitem que a pesquisa possui limitações, sendo três dias um período extremamente curto para uma análise do verdadeiro impacto dos exercícios na saúde do cérebro, em específico da massa cinzenta. Com isso, se fazem necessários estudos maiores e mais longos para entender a verdadeira relação de causa e efeito entre a atividade física e o tamanho do cérebro.
De todo modo, o artigo reforça a importância de ter uma rotina ativa: “Estamos apenas sugerindo que atividades de baixa intensidade podem ser importantes também. Principalmente para o cérebro” disse, em entrevista ao The Guardian, Nicole Spartano, autora do estudo.
Caso seja difícil manter uma rotina de atividades físicas todos os dias, prefira caminhar em vez de ir de ônibus ou carro, quando possível, subir as escadas ao invés de usar o elevador, e fazer um esforcinho para manter a casa em ordem. Seu corpo e seu cérebro agradecem.
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Com informações: Revista Superinteressante