A bebida queridinha do Carnaval: o que a catuaba faz no seu corpo?
Doce, barata e fácil de encontrar, não é? Super acessível! Queridinha dos foliões, a bebida à base de catuaba, planta brasileira com fama de ser afrodisíaca, tem alta procura no Carnaval. Mas seu consumo exagerado, entretanto, está bem longe de ser terapêutico.
De acordo com Clarissa Fujiwara, nutricionista da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), a catuaba “é uma bebida processada, com aditivos químicos e açúcar adicionado”.
O açúcar é um dos primeiros da lista de ingredientes, sem contar os outros itens adocicados, como, por exemplo, o vinho tinto e o suco de maçã, um dos que, aliás, mais possui frutose, cujo excesso também faz mal ao corpo.. e você só ingere mais açúcar.. despercebido graças ao sabor suave da bebida, não é?
Fora o efeito engordativo do próprio álcool, que é mais calórico do que proteína e carboidrato…. São 14 gramas de álcool a cada 100 ml, ou 98 calorias por dose de catuaba, e o álcool traz mais problemas para a saúde em excesso..
Nas marcas mais populares, a graduação é de 14%, soma de álcool e de outras bebidas usadas na fabricação da catuaba, com vinho tinto seco. É praticamente o mesmo que tem um vinho tinto e quase três vezes mais que a cerveja (3 vezes mais!).
Então, vale maneirar no uso, não é? A medida tida como “moderada” pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de uma dose ao dia para mulheres e duas para homens. Mas é difícil estabelecer um limite máximo, pois cada organismo tem uma tolerância particular ao álcool.
Bebida do amor? Será?
Bom, na verdade, não há evidências científicas consistentes sobre o poder afrodisíaco da planta catuaba. Entretanto, sabe-se que a bebida tem ação vasodilatadora, o que facilitaria a ereção, além do próprio fator desinibição provocado pelo álcool. Mas, com o exagero, a extroversão pode ser substituída pelo efeito depressor no sistema nervoso…
Os efeitos do excesso
Nessa ingestão louca sem parar, o fígado, órgão que metaboliza o álcool, não dá conta de lidar com todas as moléculas. O tempo varia, mas em geral o corpo leva cerca de uma hora e meia para metabolizar cada dose, acima disso o consumo já é prejudicial.
O carboidrato do álcool não é aproveitado pelo organismo, então há ainda há o risco de hipoglicemia, apesar da alta dose de açúcar fornecida pelo drinque… Em último caso, você sabe, até o coma alcoólico pode aparecer…
A longo prazo, ainda pode causar cirrose hepática, quando o órgão vai aos poucos deixando de funcionar, e o acúmulo de gordura abdominal, a que mais oferece perigo ao coração. Sem contar que casos de câncer estão ligados ao excesso de ingestão de álcool (não precisamos falar, né?)
No curto prazo, a qualidade do sono já era… (fica prejudicada) e, no dia seguinte, a famosíssima ressaca aparece.
Por isso, respeite seus limites. Só assim você garante que a folia não termine mais cedo! 😉
Com informações Viva Bem – UOL