Os antidepressivos sempre estão pra lá e pra cá em discussão, não é? Sua eficácia é colocada em xeque, sempre com o mesmo motivo: o medo de que a indústria farmacêutica e médicos acabem prescrevendo os remédios em um nível muito maior do que o necessário…
Atualmente, segundo dados de 2017 da OMS, a depressão atinge cerca de 322 milhões de pessoas no mundo. De 2005 a 2015, o número de depressivos aumentou 18,4%. No Brasil, ela afeta 5,8% da população, totalizando 11,5 milhões de pessoas.
Um grande estudo liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e publicado na revista científica The Lancet, confirma que os antidepressivos realmente funcionam! A pesquisa contou com a análise de 21 dos antidepressivos mais prescritos, e em torno de 120 mil pessoas.
A análise considerou uma droga “efetiva” apenas quando ela reduzia os sintomas da depressão em 50% ou mais. Com oito semanas de estudo, todos os 21 antidepressivos analisados resultaram alcançando essa média, e se mostraram mais eficazes do que um placebo.
Os pesquisadores também observaram que algumas drogas apresentaram maior eficácia do que outras, como a agomelatina, a amitriptilina, a escitalopram, a mirtazapina, a paroxetina, a venlafaxina e a vortioxetina, que são vendidos sob diversos nomes comerciais.
A pesquisa recebeu uma crítica: a maioria dos 120 mil casos analisados é de depressão severa, e não leve ou moderada, contra a qual os medicamentos podem ser menos eficazes.
Com informações Revista Super Interessante