Resultados promissores: é o que se espera do novo dispositivo eletrônico criado por pesquisadores da University of Cambridge, École Nationale Supérieure des Mines e do INSERM (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale), na França. O dispositivo pode ser capaz de detectar e até impedir convulsões, em especial em pacientes com epilepsia. A descoberta foi publicada no periódico Science Advances.
Apesar de existirem diferentes tipos de convulsões, na maioria dos pacientes com epilepsia o que acontece é que os neurônios começam a disparar sinais e ao mesmo tempo sinalizam o mesmo para os neurônios vizinhos, ocorrendo um “efeito de bola de neve” que pode afetar a consciência e o controle motor.
Geralmente, a doença é tratada com drogas antiepilépticas, mas elas podem provocar sérios efeitos colaterais, e além disso não previnem convulsões em três de cada dez pacientes.
A pesquisa
Implantado no cérebro de ratos para testes, ao detectar os sinais de convulsão, o dispositivo liberou uma substância química natural do cérebro, o que impediu a crise.
No estudo, os pesquisadores usaram o neurotransmissor como o “freio”, ao invés do que geralmente ocorre, sinalizando assim para os neurônios pararem de disparar.
Quando os eletrodos detectam um sinal de uma convulsão, a bomba de íons é ativada, criando um campo elétrico que movimenta o remédio através de uma membrana de troca iônica e sai do dispositivo, um processo conhecido como eletroforese.
A substância então é liberada e administrada na região afetada do cérebro por uma sonda neural incorporando uma minúscula bomba de íons e eletrodos para monitorar a atividade do cérebro, e a quantidade da substância pode ser controlada ajustando a força do campo elétrico.
Promissora, não?!
E tem mais: com o estudo, os pesquisadores encontraram evidências de que o remédio, que é um neurotransmissor natural do corpo, que foi absorvido por processos orgânicos no cérebro em minutos, pode ajudar a reduzir os efeitos colaterais do tratamento.
A descoberta ainda passará por muitos estudos. Nas próximas fases, os cientistas pretendem estudar os efeitos do dispositivo a longo prazo.
Com informações VivaBem – UOL