Pintas, cujo nome científico é nevos melanocíticos, são como pequenos tumores benignos formados a partir da produção da melanina, pigmento que dá cor à pele. Sua formação ocorre quando há uma concentração excessiva de melanócitos (células responsáveis pela produção de melanina) no organismo.
Elas podem ser congênitas (quando se nasce com elas) ou adquiridas (quando surgem após o nascimento). Algumas ainda podem apresentar pelos. Geralmente, as pintas começam a aparecer na infância, tendem a aumentar em número até a meia-idade, quando, então, podem diminuir.
As pintas possuem diversos tamanhos, formatos, proporções e tonalidades diferentes e podem surgir por diversas razões, como em situações de alto estresse hormonal, como na gravidez ou com o uso de anticoncepcionais, ou, o que é mais comum, pela exposição ao sol.
Às vezes elas passam a incomodar ou a apresentar risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Nessas duas situações, o médico pode fazer a remoção de pintas consideradas indesejadas ou perigosas.
Quando é recomendada a remoção de pintas?
O recomendado é que o paciente faça uma autoavaliação de suas pintas, observando com mais atenção aquelas que causam dor, desconforto ou coceira; que apresentem bordas irregulares; crescem rápido ou quando há tons diferentes na mesma pinta.
Nesses casos, a remoção de pintas ocorre pela possibilidade de elas se tornarem malignas.
O outro motivo que leva à remoção de pintas, relacionado à estética, ocorre principalmente quando elas estão presentes na face e são sobressaltadas.
Como é feita a remoção de pintas?
A remoção de pintas pode ser feita através de um procedimento microcirúrgico que não causa nenhum tipo de dor e é realizado com anestesia local. Com o auxílio de um bisturi, o médico faz uma pequena incisão ao redor de toda a pinta e a retira.
Em seguida, o cirurgião fecha a incisão com pontos ou, caso ela seja pequena, ele pode optar por deixá-la aberta, apenas com curativo. Dependendo do tamanho da ferida, pode ser necessário fazer um retalho cutâneo para cobrir a lesão ou fazer um enxerto, utilizando para isso pele de outro local do corpo para cobrir a ferida aberta.
Os pontos são retirados em sete dias e durante este período é importante cuidar da higiene da ferida e, em alguns casos, usar pomada antibiótica. Após a retirada dos pontos, é indicado o uso de cicatrizante e de filtro solar para que o resultado estético final seja positivo.
Além da microcirurgia, há outros procedimentos que podem ser realizados para a remoção de pintas. São eles:
– Tratamento a laser: é realizada uma cauterização da pinta, ou seja, ela é “queimada” com o calor. Esse tipo de tratamento de remoção de pintas é indicado só quando as lesões são benignas;
– Curetagem ou shaving: é feita uma espécie de raspagem do local. Geralmente, este procedimento também é indicado para a remoção de pintas que não apresentam risco de malignidade e que são de menor tamanho;
- Criocirurgia: a pinta é congelada com nitrogênio líquido. Não é necessário realizar nenhum corte. Após alguns dias, forma-se uma crosta no local, que cai sozinha quando a área estiver cicatrizada.
Agora que você já sabe em quais situações pode ser feita a remoção de pintas e quais os procedimentos, agende sua consulta. É importante, além de realizar o autoexame da pele, também consultar o dermatologista pelo menos uma vez ao ano para que ele faça uma avaliação detalhada de toda a sua pele.