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Você saberia identificar uma criança com Meningite?

No interrogatório de sintomas quando se suspeita de meningite, as principais manifestações clínicas são devidas alterações decorrentes de hipertensão intracraniana em suas diferentes magnitudes, como cefaleia, vômitos e rigidez de nuca. São também frequentes febre e queda do estado geral com oscilações do nível de consciência. É profissional de saúde e quer aprender sobre doenças na prática? Acesse: www.paciente360.com.br e aprenda com atendendo pacientes reais!  Texto publicado originalmente no blog Paciente 360. Direitos autorais reservados a Paciente 360

Exame físico

Os sinais mais específicos são os de irritação meníngea, como o Sinal de Kernig e Brudizinski. Além desses podem ser encontrados rigidez de nuca, e em recém-nascidos e lactentes que apresentam fontanela aberta, pode haver abaulamento da mesma. Normalmente a criança apresenta queda do estado geral e pode apresentar alterações no nível de consciência.

Exames Complementares

A confirmação depende da análise do líquido cefalorraquidiano; no entanto, na suspeita de hipertensão intracraniana, a coleta de líquor só deverá ser realizada após tomografia computadorizada de crânio, como medida de prevenção de herniação de tronco encefálico. Na meningite bacteriana são características a presença de pleocitose , o aumento do número de leucócitos no líquor, normalmente acima de 500células/mm3, hiperglicorraquia ou hipoglicorraquia, sendo a diminuição de glicose relelacionada com gravidade da infecção. Na tentativa de definição do agente etiológica são possíveis a bacterioscopia por microscopia, cultura de líquido cefalorraquidiano e prova do látex para identificação dos principais antígenos.

Tratamento

Para tratamento, normalmente empírico nas primeiras doses, são recomendadas as cefalosporinas de terceira geração, como Ceftriaxona e Cefotaxima, sendo a Ceftriaxona contraindicada em recém-nascidos. Na suspeita de Pneumococo multirresistente é recomendado associação com Vancomicina. Para Neisseria meningitidis, a partir de antibiograma estabelecido e determinação de concentrações inibitórias mínimas, a Penicilina Cristalina, em doses mais elevadas, é a opção mais indicada como tratamento antimicrobiano.
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A corticoterapia sistêmica ainda permanece divergente na literatura. O que é de consenso é seu uso traz benefício na redução de sequelas auditivas na meningite causada pelo Haemophilus influenzae B. Há também uma revisão sistemática recente que mostrou redução de mortalidade e tempo de internação em crianças com meningite causada pelo Streptococus pneumoniae. É profissional de saúde e quer aprender sobre doenças na prática? Acesse: www.paciente360.com.br e aprenda com atendendo pacientes reais!  Texto publicado originalmente no blog Paciente 360. Direitos autorais reservados a Paciente 360

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