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Computador ‘lê’ atividade cerebral e identifica suicidas com 91% de precisão

O suicídio é constatado como a segunda causa de morte com mais frequência entre jovens de 16 a 29 anos, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito. Acreditamos que, parte desse número se deve à relutância social em falar sobre o assunto, dificultando a conscientização de todos e a identificação de possíveis vítimas. Outra parte, pode ser atribuída à própria descrição dos suicidas: aparentemente satisfeitos com a vida, sem sintomas claros de depressão ou ansiedade.

De acordo com a OMS, 90% das mortes auto-infligidas poderiam ser evitadas se nós tratássemos doenças mentais com o mesmo cuidado que tratamos a aids ou o câncer de mama, por exemplo. Preocupados com isso, psicólogos da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, criaram um sistema de diagnóstico que vai além das aparências: um algoritmo de computador capaz de diferenciar, por meio de padrões de atividade cerebral, como pessoas saudáveis e com problemas psicológicos reagem ao ler palavras consideradas positivas ou negativasO estudo foi publicado na Nature.

A pesquisa foi realizada com 34 voluntários, destes, 17 deles com pensamentos suicidas, 17 saudáveis. Os voluntários foram expostos a listas de palavras de conotação positiva, como, por exemplo, “conforto”, “bom” e “vitalidade”; e negativa, como “morte”, “desespero” e “apatia”, por três segundos cada uma.  O programa apontou potenciais suicidas com 91% de precisão.

As máquinas de ressonância magnética eram capazes de capturar a reação instintiva do cérebro a cada conceito rapidamente, e a precisão foi tão alta que o programa conseguiu diferenciar os pacientes que já haviam tentado se matar na prática dos que tinham planos.

Lisa Pan, uma das autoras do estudo, explica que a ideia funciona porque se baseia em critérios objetivos. Mesmo alguém que nega o problema verbalmente não consegue censurar os próprios pensamentos. “Nós somos péssimos em identificar quais das pessoas que estão apresentando sintomas vão de fato tentar se suicidar. É por isso que nós estamos buscando bons indicadores biológicos.”

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O estudo ainda é limitado, entretanto, abre caminhos para uma nova era no diagnóstico de problemas psicológicos, indo além da palavra do paciente.

Com informações Revista Super Interessante

 

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