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Já no 1º mês de testes, anticoncepcional masculino tem sucesso!

Um novo anticoncepcional hormonal feito para homens, chamado de DMAU (undecanoato de nandrolona), com uso quase idêntico à pílula feminina, desenvolvido pelo  Instituto Nacional de Saúde dos EUA, tem apresentado resultados animadores já no primeiro mês de testes clínicos, com 83 homens saudáveis de 18 a 50 anos!

Assim como a pílula feminina, o novo medicamento precisa ser tomado só uma vez por dia, em forma de cápsula. Ele modula a quantidade de testosterona presente no corpo para evitar a produção de espermatozóides. Ele foi apresentado no encontro anual da Endocrine Society de 2018.

Um anticoncepcional para homens têm dois desafios: criar um composto que fique tempo suficiente no organismo do homem para o fazer efeito necessário é o primeiro deles, pois, nos primeiros testes, o remédio era eliminado muito rápido, o que exigia duas doses diárias, aumentando a chance de erro do usuário. Isso foi resolvido com o “undecanoato”, um ácido graxo com uma cadeia de carbono, que reduz a velocidade de eliminação do sistema circulatório.

O segundo desafio é o mais complicado: evitar os efeitos colaterais do remédio. Uma droga promissora lançada em 2016 com 96% de eficácia em prevenir a gravidez, teve os testes suspensos depois que os voluntários apresentaram sintomas indesejados, alguns semelhantes aos causados nas mulheres: aumento na acne, mudanças na libido, transtornos de humor.

Com esses sintomas, 20 dos homens participantes desistiram da pesquisa. Mas esta não foi a causa para o fim dos testes: foi a contagem de espermatozoides de oito dos homens que, mesmo após dois meses sem tomar a medicação, continuava baixa e indicando infertilidade.

Reprodução

Pesquisa e resultados 

O estudo teve apenas 17 desistências, sem dados sobre o levou à essas desistências. Dos 100 homens da amostra original, chegando com 83 participantes ao final. Três doses diferentes do composto foram testadas, sendo ingerida todos os dias com comida para ser efetivo.

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28 dias depois, em comparação aos homens que receberam placebo, os voluntários que receberam 400 mg de DMAU, a dose mais alta testada, apresentaram níveis baixos de todos os hormônios necessários para a produção de esperma. Por segurança, os órgãos vitais como fígado e rins foram acompanhados o tempo todo, e não sofreram nenhum prejuízo.

Sobre os efeitos colaterais, o novo medicamento não apresentou reduções na libido, sendo citados apenas leve ganho de peso e pequena redução do HDL, o chamado colesterol bom. “Apesar de terem níveis baixos de testosterona circulando (no sangue), pouquíssimos participantes relataram sintomas de deficiência ou excesso do hormônio”, explicaram os autores do estudo.

Mais testes são necessários para verificar se existem efeitos indesejados de médio e longo prazo – e, principalmente, quanto tempo a fertilidade leva para ser restaurada plenamente com a interrupção do tratamento.

E depois disso, poderemos afirmar com precisão que, finalmente, a pílula masculina foi inventada!

Mas os estudos já são animadores, não?!

Com informações Revista Super Interessante

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